Durante a conferência Technology, Media, and Telecom da Cowen and Company, em Nova York, Strauss Zelnick, executivo-chefe da Take-Two Interactive, deu números sobre a franquia BioShock, à qual chamou de "uma propriedade intelectual muito importante para a companhia".
Segundo ele, a série, como um todo, vendeu 25 milhões de cópias, sendo que o mais recente, BioShock Infinite, teve saída de 11 milhões de cópias. Não é nada no nível de Grand Theft Auto, que é publicado pela mesma Take-Two, mas uma marca de muito respeito.
Apesar de ter mencionado a franquia, Zelnick afirmou que não havia nenhum anúncio a fazer sobre um novo jogo da série. A coisa mais próxima de um novo BioShock foi a recente revelação de um novo game da 2K, que ainda é um título misterioso. A franquia é de tiro em primeira pessoa, mas com foco no modo de campanha. A história é um ponto forte dessa propriedade intelectual.
Opiniões sobre o mercado
Na mesma conferência, o executivo falou que vê menos concorrência, já que as prateleiras estão menos cheias hoje em dia do que no começo da última geração de consoles. Ele ainda afirmou que sua companhia é uma das quatro que realmente fazem jogos "AAA", de grande orçamento. "Nos vemos como o número três no mercado", afirmou. Activision, Electronic Arts e Ubisoft são as outras?
Sobre os produtores independentes de games, Zelnick disse que os games são interessantes e a Take-Two quer aprender mais, mas eles não são concorrentes, já que não se pode fazer mais fazer jogos "AAA" em uma garagem. Esses títulos demandam pelo menos 100 pessoas em um ciclo de, no mínimo, dois ou três anos.
A companhia tem uma presença tímida no mercado de títulos para celulares e diz esperar que outras empresas explorem a realidade virtual antes. O executivo vê os smartphones como um espaço com pouquíssimas chances de sucesso, da ordem de 1%. Para ele, a Take-Two tem uma taxa de criação de um "hit" de 80%, enquanto a de uma empresa reconhecida de filmes é da ordem de 30%. Por isso, não vale a pena investir em celulares.
O manda-chuva da Take-Two afirmou que ficou impressionado com a realidade virtual, mas diz que pode ser cansativo – e até nauseante – permanecer ligado aos visores por muito tempo. Segundo ele, a companhia não vai liderar os esforços nesse terreno e vai deixar que outros se aventurem primeiro. Trata-se, por enquanto, de uma tecnologia em que não se conhece as taxas de risco, avaliou.
Fonte: Bj