em diria que, há 10 anos, a Microsoft anunciou o sucessor do Xbox. O console que marcou a entrada da empresa no ramo de video games não decolou logo de cara – afinal de contas, um concorrente como o PS2, que já tinha o respaldo da Sony com o PS1, coexistia –, mas soube aprender com o mercado, evoluiu, trouxe Halo e, sobretudo, consagrou a jogatina online através da robusta infraestrutura da Xbox LIVE.
Ainda que o aparelho tenha ficado restrito a um nicho mais ocidental, ele consolidou a franquia de Master Chief com Halo 2 e mostrou um horizonte com espaço para muitas melhorias. Pois bem: nasce o Xbox 360, um sucesso comercial de escala mundial. Foi no dia 12 de maio de 2005 que a Microsoft mostrou o console ao público num programa especial da MTV apresentado por ninguém menos que Elijah Wood (o Frodo de “O Senhor dos Anéis”).
“Revolução digital”
Na ocasião, o ator usou palavras como “revolução digital” e “sempre conectado [o console], sempre em alta definição [os jogos] e sempre personalizado”. O resumo da ópera dessa história é que, de fato, houve revolução e evolução digital ao longo desse período. Não só por causa do Xbox 360, mas sim por causa dos jogos lançados para o console, do sólido serviço online e do Kinect.
Curiosamente, os jogos de lançamento não foram títulos bombásticos – apenas games que cumpriam o protocolo de um line-up de lançamento. Jogos como Kameo: Elements of Power e Perfect Dark Zero não chegaram a cair no esquecimento, mas ficaram longe de uma representação de ponta (e, acima de tudo, jamais são “system-sellers”).
Os jogos de lançamento
A lista de todos os jogos lançados junto com o console, em ordem alfabética, é a seguinte (cortesia do IGN):
- Amped 3 (2K Games)
- Call of Duty 2 (Activision)
- Condemned (Sega)
- Dead Or Alive 4 (Tecmo)
- Elder Scrolls IV: Oblivion (Bethesda)
- Final Fantasy XI (Microsoft)
- Full Auto (SEGA)
- Ghost Recon: Advanced Warfighter (Ubisoft)
- Gun (Activision)
- Kameo: Elements of Power (Microsoft)
- Madden NFL 06 (EA)
- NBA 2K6 (2K Games)
- NHL 2K6 (2K Games)
- The Outfit (THQ)
- Perfect Dark LE (Microsoft)
- Project Gotham Racing 3 (Microsoft)
- Quake 4 (Activision)
- Ridge Racer 6 (Namco)
- Saints Row (THQ)
- Tony Hawk's American Wasteland (Activision)
- Top Spin 2 (2K Games)
- Gears of War, Alan Wake, Halo 3 e mais
O título da Epic Games foi projetado como uma espécie de “objeto de ostentação” desde o início. E não para menos: a saga de Marcus Fenix é, definitivamente, aquilo que podemos chamar de “system-seller”.
Nem mesmo o comportamento mimado – e por vezes polêmico – de Cliff Bleszinski diminuiria a empolgação, hoje chamada de “hype”, que Gears of War gerou. Além de consagrar mecânicas de ação na indústria, como a mira sobre os ombros e o eficiente sistema de cobertura, o game foi aquele que trouxe o visual mais belo do Xbox 360 à época.
Gears of War foi o objeto de desejo de muitos, e a Microsoft construiu esse marketing com muita competência. Eu mesmo comprei o meu console por causa dele (e não me arrependo de um centavo gasto).
Depois vieram Halo 3, Alan Wake, Halo 4, mais Gears of War e uma batelada de títulos indie que abriram a porteira desse mercado, incluindo Limbo e Braid, entre outros. A Xbox LIVE já era uma assinatura obrigatória aos usuários do serviço, tamanha era a solidez do desempenho online do console.
Xbox LIVE: infraestrutura sólida
Nascida no primeiro Xbox, a LIVE viu sua ascensão no Xbox 360. O aparelho basicamente concebeu tudo o que conhecemos de navegação online em um video game. Comprar títulos digitais, jogar online e conversar com os amigos numa rede social própria nunca foi tão natural. A PSN também tem méritos pelo que é, mas não há como negar que a Xbox LIVE pavimentou o terreno para muito do que vemos hoje em qualquer console.
A adoção de um sistema de assinatura, o plano GOLD, foi vista a olhos conservadores no começo, mas, hoje, é apenas um processo natural de quem utiliza o serviço. Antes, era preciso pagar só para jogar online (e valia a pena). Hoje, no Xbox One, há descontos e outros benefícios para quem é Gold.
O serviço chegou ao Brasil com anos de atraso, enfrentou problemas de adaptação e demorou para engrenar, mas vingou. Hoje, o nosso país é uma “realidade” para a Microsoft, e não uma opção. Temos um serviço sólido, com conteúdo exclusivo e ótimas promoções.
A Nintendo nunca se preocupou em ter um grande foco nas modalidades online, ainda que entregue experiências bacanas com o Miiverse e o eShop. Mas a pegada da Big N é outra faz tempo.
Project Natal, ops, Kinect: sobrevida ao Xbox 360
Nascido sob o codinome de Project Natal e concebido pelo brasileiro Alex Kipman (que batizou o acessório assim em memória à capital do Rio Grande do Norte, Natal), o Kinect deu sobrevida ao Xbox 360.
Lançado em 2010, quando a geração anterior já estava na segunda metade de seu ciclo, o acessório trouxe o conceito “família” e mexeu com a indústria ao permitir que os jogadores não utilizassem um joystick para executar os comandos. A ideia já foi beliscada antes, mas só foi aplicada com maestria pelo Kinect.
Reunir amigos, família e namorada/namorado nunca foi tão fácil e agradável com o acessório, ainda mais se você tiver uma salona – mesmo que não tenha, os problemas foram minimizados com a versão para Xbox One, que tem um reconhecimento muito mais otimizado do perímetro. Mas foi no Xbox 360 que o dispositivo viu a luz do dia.
Parabéns, Xbox 360!
Cabe ressaltar que o console completará 10 anos só em novembro, mas, no dia 12 de maio de 2005 (exatamente 10 anos atrás), ouvimos falar do Xbox 360 pela primeira vez. De lá para cá, muita coisa aconteceu – e o nosso “muito obrigado” é o mínimo por tudo supracitado nesta matéria (há muito mais que isso).
Parabéns, Xbox 360!
Fonte: Bj
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